Resenha: O Labirinto dos Espíritos, Carlos Ruiz Zafón

Oi amores tudo bem?
Hoje trouxe a resenha do tão esperado quarto livro do ciclo O Cemitério dos Livros Esquecidos.
Foi um livro que esperei demais para ler, criei uma grande expectativa, já que foram anos sem um livro novo de Zafón e acabei me decepcionando um pouco, lógico que tratando-se de Zafón a leitura é maravilhosa, foi eu e a minha expectativa que esperava mais.

O Labirinto dos Espíritos O Cemitério dos Livros Esquecidos # 4, Zafón

Madrid, anos 1950. Alicia Gris é uma alma nascida das sombras da guerra,que lhe tirou os pais e lhe deu em troca uma vida de dor crônica. Investigadora talentosa, é a ela que a polícia recorre quando o ilustre ministro Mauricio Valls desaparece; um mistério que os meios oficiais falharam em solucionar. Em Barcelona, Daniel Sempere não consegue escapar dos enigmas envolvendo a morte de sua mãe, Isabella. O desejo de vingança se torna uma sombra que o espreita dia e noite, enquanto mergulha em investigações inúteis sobre seu maior suspeito — o agora desaparecido ministro Valls. Os fios dessa trama aos poucos unem os destinos de Daniel e Alicia, conduzindo-os de volta ao passado, às celas frias da prisão de Montjuic, onde um escritor atormentado escreveu sobre sua vida e seus fantasmas; aos últimos dias de vida de Isabella, com seus arrependimentos e confissões; e as intrigas ainda mais perigosas, envolvendo figuras capazes de tudo para manter antigos esqueletos enterrados.
Edição: 1
Editora: Suma de Letras
ISBN: 9788556510433
Ano: 2017
Páginas: 680

O Labirinto dos Espíritos é o livro mais longo do ciclo, com um pouco mais de 680 páginas, somos transportados para década de 50 em uma longa viagem a história Espanhola.
A Capa do livro tem um menino olhando uma vitrine de livros, que nós podemos julgar ser a Livraria Sempere&Filhos. O livro ele tem longas passagens de tempo, ele não é divido em capítulos e sim em “cadernos”, são 12 partes e cada uma delas com seus capítulos.

A história dessa vez passa um pouquinho longe da família Sempere e agora começa em Madrid. Alicia Gris não morreu quando era pequena, porque um homem bondoso a salvou de um ataque de bomba, este homem é Fermín, ele não lembra dela, mas ela lembra.
Já adulta Alicia agora é detetive e gosta de trabalhar sozinha, porém um caso curioso a faz trabalhar com Vargas. Mauricio Valls agora é ministro e sumiu, Valls torturou muita gente quando trabalha em um presidio, inclusive David Martin, que é o suspeito principal.
As pistas fazem Alicia e Vargas para Barcelona. Lá Alicia acaba se aproximando dos Sempere, e quer proteje-los, pois além do perigo de Valls, ela sabe muito sobre a morte de Isabella, mãe de Daniel Sempere. Existe muitas ponstas soltas na história de Alicia, no qual ela precisa descobrir e um deles é o curioso exemplar de Victor Mataix, amigo de Martin, que está envolvido em todo o mistério de Alicia e dos Sempere.
Para tentar ajudar a detetive da melhor forma Daniel e Fermín voltam aos tempos onde eles investigavam por conta própria e agora vão ajudar a policia e ajudam Alicia a desvendar o mistério de Valls e até seus dramas pessoais.

O Labirinto do Espíritos foi um livro difícil de ler, digo isso, não por ser uma leitura ruim (não tem nada de ruim), mas por me despedir do meu personagem favorito Daniel Sempere.
Já falei nas resenhas dos livros anteriores que você pode ler eles em qualquer ordem, mas, O Labirinto dos Espíritos precisa ser lido por último, pois ele tem várias explicações dos anteriores.

A minha expectativa perante a leitura foi muito grande, esperava ver mais da Livraria Sempere e Filhos, esperava ver mais as sacadas geniais de Fermín e esperava ver mais do heroísmo de Daniel Sempere e não teve nada disso, esse livro ele foi totalmente voltado a Alicia, as pontas soltas dela e de Isabella (para quem leu os livros anteriores sabem quem é).

Senti um pouco de falta da magia literária dos livros anteriores, marca registrada do autor. Por outro lado tem os um amadurecimento tanto dos personagens como dos lugares que Zafón leva o leitor. Ainda temos uma Barcelona bucólica pós guerra cheia de mistérios. Zafón sabe como ninguém dar devida importância aos lugares que seus personagens passam. Assim como os personagens tem sua importância, os locais também tem.

Apesar de Alicia não ter sido para mim a melhor personagem do ciclo, o livro é emocionante e bem desenvolvido do começo ao fim. Bateu até uma dor quando li a última página e percebi que realmente O Cemitério dos Livros Esquecido chegou ao fim. Foi um desfecho justo, bem elaborado.
Como falei acima, senti falta da magia literária comum do autor, mas de qualquer forma, o romance policial que gira em torno da protagonista valeu muito a pena.
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Helana O'hara

"Sou tímida, quem diria, e me sinto desconfortável no meio de muita gente. Não sei ter relações meramente sociais: fico amiga ou não fico nada, o tititi mundano está acima de minhas capacidades. Adoro estar nos lugares, olho tudo, sou curiosa, gosto de ouvir o que as pessoas dizem, mas, quando elas são muitas, eu preferia ser uma mosca.” {Danuza Leão} Petites + In The Sky + Dave Grohl + James Franco + Anna Friel + Ryan Gosling + Música + Cinema e louca por livros! {www.epetites.blogspot.com.br} {www.intheskyblog.blogspot.com.br} Bem vindo sempre!