O Bem Amado

19 setembro 2010

Nunca falei de filmes Nacionais. Talvez por falta de bons filmes, ou também porque não gosto dos produtos nacionais, ora são mal feitos, ora clichê demais.

E outra, sempre é mais gostoso assistir filmes internacionais, já estamos acostumados com eles, boas fotografias, bons atores, boas histórias.
Então pensei se assistimos filmes clichês internacionais, porque não assistir os clichês nacionais também?

Foi isso que fiz.


Assistir o Bem Amado, foi como fazer uma voltinha nos falatórios de minha mãe e minha avó afirmando que boas novelas como Roque Santeiro e O Bem Amado não voltarão.
O filme matou minha curiosidade dos personagens que tanto falam.

- O Bem Amado, a novela de 1973 de Dias Gomes, tinha como papel principal Paulo Gracindo. Inspirada numa peça Teatral do mesmo autor com o titulo de Odorinco, o Bem – Amado ou Os mistérios do Amor e da Morte escrita em 1962.

- Não só a novela, mas o Bem Amado também virou série de televisão dos anos dourados das telenovelas.
A série foi exibida nos anos de 1980 – 1984 que também teve como papel principal Paulo Gracindo.



O Filme.

Titulo Original:
O Bem Amado.
Lançamento : 2010
Direção: Guel Arraes
Atores: Marco Nanini , Matheus Nachtergaele , José Wilker , Caio Blat , Andréa Beltrão.
Gênero: Comédia.

Sinopse:
Após o assassinato do prefeito de Sucupira por Zeca Diabo (José Wilker), uma disputa política entre Odorico Paraguaçu (Marco Nanini) e Vladimir (Tonico Pereira) pelo cargo vago tem início. Odorico vence a eleição e toma posse como prefeito, recebendo sempre o apoio das irmãs Doroteia (Zezé Polessa), Dulcineia (Andréa Beltrão) e Judiceia (Drica Moraes). Uma de suas promessas é construir o primeiro cemitério da cidade, para evitar a emigração dos habitantes após morrerem. Só que, após a obra ser concluída, há um problema: ninguém em Sucupira morre, o que impede que o cemitério enfim seja inaugurado. Sofrendo pressão devido a acusações de superfaturamento, Odorico precisa encontrar um meio para que o grande feito de seu mandato não se torne uma grande piada.

O cinema brasileiro é excelente em comédias pastelão. Aquele tipo que tem o personagem mais engraçado, o engraçado que quer matar o mais engraçado e os rabos de saia do mais engraçado.
Isso podemos ver também em Lisbela e o Prisioneiro, O Auto da Compadecida e O Coronel e o Lobisomem, clichês demais, e todos dão risadas.
Para aqueles que assistiram o apenas o filme, fica difícil imaginar o Odorico Paraguaçu em outro ator sem ser Nanini. Eu já estava bem cansada em vê-lo – raras vezes no seriado A Grande Família e mais uma vez Nanini mostrou que consegue fazer personagens carrancudos e engraçados.
E claro, José Wilker que dispensa qualquer comentário.

O elenco do filme é ótimo. Apesar de torcer meu nariz sempre para filmes nacionais, o elenco foi muito bem escolhido e o telespectador consegue captar a sintonia entre eles, atenção para as irmãs Cajazeiras e Odorico.

Além de divertido
(como todo filme com base no nordeste), trás um assunto bem atual para nós brasileiros. A administração publica e as armadilhas para realização de uma obra que só interessa ao prefeito, e usa desta para sua promoção política sem se preocupar com o bem coletivo da cidade. Assunto, claro, que todos nós conhecemos muito bem. O Bem Amado aborda ele de uma forma leve.

Seu roteiro foi muito bem feito, o filme é curto em média 107 minutos. Mas tenho que elogiá-lo, uma fotografia muito bonita, um figurino colorido, cheio de informações, e muito bem desenhado, atores bons que caíram como uma luva em suas personagens.
Você até pode torcer o nariz para produções brasileiras, mas certamente solta umas risadas quando assiste um naquelas horas que não tem nada para fazer.

O Bem Amado, é clichê, é pastelão. Mais recomendo.

Trailler:








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