Dica de Leitura: Manuel Carlos Karam e Feira do Livro

Bom dia amores tudo bem?
Hoje trouxe uma postagem um pouquinho diferente para vocês!
Agora no mês de Novembro vai rolar a Feira do livro em Rio Do Sul, e o homenageado da semana especial do livro é um escritor que nasceu na cidade, morou no Paraná e pelas minhas pesquisas as obras dele estão sendo novamente lidas, e relançadas por aí.

Trata-se de Manuel Carlos Karam – apesar dele ter nascido em Rio do Sul e morado em Curitiba (olha que coincidência, sou de Rio do Sul e morei em Curitiba, também ♥), conheço pouco dele, uma obra achei em uma Biblioteca – que me desculpem. Mas na época, nunca soube que ele era de Rio do Sul.
    Mesmo conhecendo pouco da sua obra, achei interessante mostrar à vocês um escrito que foi muito importante em nosso País e nasceu em minha terra!

Manoel Carlos Karam (Rio do Sul, 1947 — Curitiba, 1 de dezembro de 2007) foi um escritor brasileiro.
Viveu em Curitiba, no Paraná, desde 1966. Era escritor, dramaturgo e jornalista. Escreveu e dirigiu vinte peças de teatro na década de 1970 e, a partir dos anos 1980, passou a dedicar-se aos livros, vencendo o prêmio Cruz e Souza de Literatura, da Fundação Catarinense de Cultura, em 1995, com a obra Cebola.
Como jornalista, trabalhou na RPC TV, nos jornais O Estado do Paraná, Tribuna do Paraná e na prefeitura de Curitiba. Trabalhou também em campanhas políticas, como a do ex-governador Jaime Lerner. O escritor deixou crônicas inéditas, e outros textos que serão publicados no futuro. Em 2008, foi lançado Jornal da guerra contra os taedos.
No dia 2 de dezembro de 2008, a Casa da Leitura do Parque Barigui, mantida pela prefeitura de Curitiba, foi batizada com o nome do escritor. O espaço agora abriga a biblioteca particular de Manoel Carlos Karam, composta de mais de 3 mil volumes. (Via Wikipédia).

Separei 3 obras de Karam para vocês conhecerem e quem sabe pesquisarem mais sobre o autor.

Jornal da Guerra Contra os Taedos - Manoel Carlos Karam

Nossos soldados invadiram o território taedo pelo norte. De bicicleta. Não houve batalha. Os taedos ficaram tão humilhados pelo tamanho do nosso desprezo - atacar de bicicleta - que preferiram gastar o tempo desmentindo a notícia de que nossos soldados, de bicicleta, invadiram o território deles. Então resolveram nos humilhar, mas apenas nos plagiaram. Invadiram nosso território pelo norte. De camelo. Ficamos tão humilhados pelo tamanho do desprezo deles - atacar com camelos - que preferimos gastar o tempo desmentindo a notícia de que os soldados deles, de camelo, invadiram o nosso território.
Edição: 1
Editora: Kafka Edições
ISBN: 9788561824044
Ano: 2008
Páginas: 158

Sujeito Oculto - Manoel Carlos Karam

Morte é o assunto de Sujeito Oculto, sexto romance de Manoel Carlos Karam. Ou talvez não seja esse o tema, e sim a dessacralização da morte na atualidade. Através do dia-a-dia de um pistoleiro de aluguel, percebemos como a rotina pode burocratizar até mesmo a vida dum profissional tão especial. Imerso na solidão (que é a mesma solidão de todos nós, afogados nas obrigações da sobrevivência), o narrador oculto deste livro procura mínimos sinais de humanidade seja nos objetos (como um rádio que ele ouve constantemente), seja nas pessoas (suas vítimas ou não) que observa.
Edição: 0
Editora: Barcarolla
ISBN: 8598233064
Ano: 2004
Páginas: 140

Pescoço Ladeado de Parafusos - Manoel Carlos Karam

A princípio, o leitor pode julgar que lhe faltam referências para entender do que se trata a obra. Como reunir os acontecimentos que se sucedem em capítulos independentes, cada qual explorando sua temática e intercalando-se sob os títulos de “Jornal da guerra contra os taedos”, “Projeto de bestiário” ou “Anotações sobre os números” com o que parece ser o fio condutor da história, um narrador preocupado com a escolha do nome, do sobrenome, do rosto?
Mas não. Essa narrativa de múltiplas facetas é assim mesmo e, depois do susto das trinta páginas iniciais, já é possível se divertir e começar a rir com o humor inteligente do autor e com a forma genial com que tudo começa a fazer sentido: em “Anotações sobre os números”, surge uma referência sobre os taedos, que “eram atrasadíssimos, só conheceram os números há pouco tempo”. Ou, no capítulo 10 (daquele texto que deve ser o fio condutor), depara-se com um parênteses esclarecedor: “(Um bestiário sem nome, identificado por um número – 1 –, mostrava a maioria das bestas da imaginação dos taedos com a boca de traços irregulares por culpa do cachimbo.)”. Assim, aos poucos, cada um de seus temas vai se enlaçando, e descobre-se que, na realidade, tudo o que se lê é uma coisa só.
E para terminar a postagem, a data da Feira do Livro! Vai acontecer 11 – 15/11.

Maiores informação: Fundação Cultural de Rio do Sul. <- no link têm toda a programação da Feira.
Facebook Fundação Cultural.

Helana O'hara

"Sou tímida, quem diria, e me sinto desconfortável no meio de muita gente. Não sei ter relações meramente sociais: fico amiga ou não fico nada, o tititi mundano está acima de minhas capacidades. Adoro estar nos lugares, olho tudo, sou curiosa, gosto de ouvir o que as pessoas dizem, mas, quando elas são muitas, eu preferia ser uma mosca.” {Danuza Leão} Petites + In The Sky + Dave Grohl + James Franco + Anna Friel + Ryan Gosling + Música + Cinema e louca por livros! {www.epetites.blogspot.com.br} {www.intheskyblog.blogspot.com.br} Bem vindo sempre!