Cinema e Café: Capitão América: Guerra Civil

Marina Landert

Guerra Civil (2016)

Ficha técnica Diretor: Anthony Russo, Joe Russo Roteiro: Christopher Markus, Stephen Mcfeely
Elenco: Chris Evans, Robert Downey Jr., Scarlett Johansson, Sebastian Stan, Anthony Mackie, Jeremy Renner, Elizabeth Olsen, Paul Rudd, Daniel Bruhl.

Sinopse: Após Vingadores: A Era de Ultron, os Vingadores continuam sua luta em proteção da Terra. No entanto, após mais um incidente com diversas vítimas, os heróis começam a ser questionados e aumenta a pressão política por um sistema de responsabilização por suas ações. Esse novo controle gera uma divisão entres Os Vingadores, colocando o Capitão América e O Homem de Ferro frente a frente.

Olá pessoal, tudo bem?
No Cinema & Café de hoje trago novamente um filme baseado no universo de super-heróis, dessa vez um dos mais esperados do ano, Capitão América: Guerra Civil, o terceiro episódio da série do Capitão Rogers. Como já falei em uma resenha anterior, gosto bastante das histórias da Marvel, principalmente Os Vingadores e X-Men, e assim tinha uma expectativa muito grande sobre o filme, já que Os Vingadores: A Era de Ultron não me agradou nem um pouco, então tinha curiosidade sobre se dessa vez a Marvel superaria a expectativa, e mais uma vez o investimento valeu a pena.

Capitão América: Guerra Civil é a continuação tanto de Capitão América: Soldado Invernal e Os Vingadores: A Era de Ultron. Quando mais uma luta dos Vingadores para proteger o planeta acaba por causar destruição e mortes pelo caminho, os super-heróis se veem pressionados pelas Nações Unidas a assinar um acordo chamado Sokovia, no qual colocará um controle sobre as ações dos heróis. Paralelamente a isso, uma bomba mata o rei de Wakanda com a aparente autoria do melhor amigo do Capitão América, Bucky Barnes e o vilão Zemo (Daniel Bruhl) tenta novamente dominar Bucky e reviver os mais temidos assassinos profissionais. A partir daí temos a Guerra Civil prometida no título do filme, com Capitão América, Bucky James, a Feiticeira Escarlate, Falcão, Homem-Formiga e o Gavião Arqueiro tentando impedir as ações de Zemo e do outro, o Homem de Ferro, a Viúva Negra, a Pantera Negra, o Máquina de Combate, Visão e o Homem-Aranha que estão do lado das Nações Unidas e do acordo de Sokovia.

Assim como em todos os filmes de super-heróis e principalmente os da Marvel, a história é complexa e baseada nos contos dos quadrinhos, ainda que sempre assuma uma licença poética em nome do entretenimento. Apesar de ter conhecimento sobre a história no qual o filme é baseado, não sou uma leitora assídua dos quadrinhos, portanto aqui minha crítica é apenas a partir do filme e não se está de acordo com a história original ou não.

Capitão América: Guerra Civil não decepciona e cumpre com tudo o que promete. É uma ótima superprodução, onde os diretores Anthony e Joe Russo capricham em todas as cenas, especialmente nas lutas. Cheio de ação e efeitos que prendem a atenção do telespectador do começo ao fim é o filme mais maduro e sóbrio da Marvel dos últimos tempos. Ao contrário do que encontramos na maioria dos filmes da série, em especial dos Vingadores, ele pouco utiliza o recurso do humor e usa a seriedade para contar um conflito super importante que também tem o papel de introduzir algumas histórias que darão continuidade à fase três dos filmes do Universo Cinematográfico da Marvel, como o Pantera Negra (filme previsto para 2018), Homem-Aranha (2017) e a Guerra Infinita, protagonizada pelos Vingadores (será dividida em duas partes, em 2018 e 2019).

Ainda que por vezes o telespectador não tão aficionado (como eu) possa se sentir um pouco perdido em meio a tantos super-heróis, Guerra Civil consegue amarrar bem a história e focar no conflito entre o Capitão América e o Homem de Ferro – briga que já vinha se desenvolvendo desde o primeiro encontro dos dois no cinema. Aqui temos um Capitão Rogers (Chris Evans) obcecado em defender e provar a inocência de seu melhor amigo Bucky (Sebastian Stan) ao mesmo tempo em que é contra esse controle das ações que está sendo imposto aos Vingadores. Do outro, temos um Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) que começa a sentir o peso e a culpa por suas ações e se questiona sobre quem de fato Os Vingadores estão protegendo. Se antes ambos tinham um objetivo em comum, agora estão em lados opostos e vão levar isso às últimas consequências. E é através dessa premissa que todo o marketing do filme foi desenvolvido: “De que lado você está?”.

Mencionei anteriormente que em Guerra Civil temos pouco humor, se comparado com outros filmes dos Vingadores, mas ainda que em pitadas ele está presente, principalmente com o Homem-Formiga e o Homem-Aranha, este último que traz uma leveza que faltava ao filme. Apesar de gostar muito dos últimos filmes do personagem com Andrew Garfield, a escolha de Tom Holland como o bem mais jovem herói funcionou muito bem e conseguiu plantar uma expectativa sobre suas próximas aventuras.

A premissa de que os super-heróis devam ser responsabilizados por suas ações não é nova; a vimos esse ano em Batman vs Superman. Nesse aspecto, Guerra Civil perde um pouco do impacto que deveria ter, já que essa é uma das principais razões que coloca Homem de Ferro e Capitão América frente a frente. Ainda assim, a luta não perde o destaque dentro do filme e é grandiosa assim como promete e deixa os mais fanáticos de cabelo em pé sobre o futuro da franquia e de nossos heróis favoritos.

Assim, Capitão América: Guerra Civil entrega mais um ótimo filme da Marvel para os fãs dos quadrinhos e de aventura em geral. Com muita ação e uma pequena dose de humor traz o conflito entre nossos personagens favoritos e nos faz escolher um lado. Eu sou Time Capitão América, e você?

Bom filme e até a próxima! Trailer:
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Marina Landert

Marina Landert, ou Mari, como preferir. Jornalista viciada em uma boa história e que não vive sem um bom livro na bolsa. Apaixonada por filmes, séries, música e por viajar. - See more at: http://intheskyblog.blogspot.com.br/p/sobre.