Resenha: Fome, Knut Hamsun

10 setembro 2020

Por Alexandre Tiago

Olá a todos! Antes de começar essa resenha gostaria de perguntar uma coisa: é possível separar a obra de um artista da vida do artista? É através disso que é a resenha do livro traz hoje. O livro é "Fome" do escritor norueguês Knut Hamsun. Vamos conferir?

Fome Knut Hamsun

O principal personagem dos romances de Knust Hamsun é o próprio autor refletido em várias projeções de si mesmo. De seu sofrimento - e como conheceu ele todas as gamas e cores do infortúnio! - extraiu o sentido e a filosofia, bem como o enredo e a história dos livros que escreveu. Em Fome se encontra especialmente o escritor confundido com o seu personagem. Tudo quanto ele define aquele intelectual - suas aspirações e amores, seus sonhos e descrenças, suas alegrias e choques - aparece nesse romance de fato sedutor, na verdade único, em que o pobre diabo se apresenta aos nossos olhos não como uma ciratura caída em abjeção, em dissolvência moral, mas como alguém de quem se deve compadecer e lastimar e ao mesmo tempo admirar ou até mesmo invejar. Foi o exercício da vagabundagem - no caso um fecundo laboratório em que o romancista colheu as suas experiências dos homens e do mundo para definir a sua própria personalidade - que permitiu a Knut Hamsun apreender numa visão ampla, perfeita e otimista os enigmas da vida, compreendendo-os em sua extensão e profundidade.
Edição: 1
Editora: Geração Editorial
ISBN: 9788561501143
Ano: 2009
Páginas: 172
Tradutor: Carlos Drummond de Andrade

“Fome”, com a magistral tradução de Carlos Drummond de Andrade, é um dos maiores romances da literatura universal. Escrito pelo norueguês Knut Hamsun, autor singular e polêmico, premiado com o Nobel em 1920, descreve os tormentos de um escritor vagabundo e famélico que vagas pelas ruas com um toco de lápis, com o qual escreve crônicas para os jornais, dependendo disso para não morrer. Comovente, agudo, cheio de dor e sonhos, mas também de alegrias e esperanças, é um romance que se lê com entusiasmo e emoção."



Antes desse livro só conhecia de cultural da Noruega, país natal de Knut Hamsun, a banda de rock A-Ha, na qual sou fã. E esse livro me serviu de porta de entrada para conhecer a literatura do país pois o livro é bom, forte e polêmico. O livro traz uma boa história ao mostrar a pobreza no teor físico e psicológico sendo mostrada pelo orgulho o que nos leva a refletir sobre que excesso de orgulho não faz bem, é forte por nos mostrar e refletir o que a pobreza extrema pode provocar na vida de uma pessoa e polêmico por um detalhe: o autor do livro era simpatizante ao nazismo. Eu sou contra o nazismo e saber disso depois de ler o livro me deixou perplexo no questionamento se é possível separar a obra do autor.

Esse livro foi escrito em 1890 para retratar a pobreza humana de uma forma que faz analisar seus extremos, alucinações, esperanças e dores. O livro é bom mas não me marcou tanto quanto "Capitães de Areia" do Jorge Amado que é um dos melhores livros que eu li que retrata a pobreza humana pois "Fome" me deixou um pouco cansado na sua narrativa e também irritado com o personagem principal que coloca o orgulho acima da vida e da saúde.
Se você tiver mente forte,é um livro que merece ser conhecido.
Já leram o livro? Comentem!

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Alexandre Tiago



"Meu nome é Alexandre Tiago, tenho 26 anos, sou um rapaz latino-americano, humanista, pacifista, estudante de Direito e dono do Instagram Cultural @blog.estante.artistica" {https://www.instagram.com/blog.estante.artistica/}mas que ama conversar, ouvir minha coleção de cds, ver filmes, ler livros e que busca fazer um traço entre a vida, os sonhos e a arte.

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