Resenha: Românticos Incuráveis, Frank Tallis

19 fevereiro 2020

Hello pessú tudo bem?
Hoje trouxe para você um dos livros mais interessantes que li na vida – digo isso, pois quando ele chegou, pensei que seria um livro meio técnico, sendo sincera peguei totalmente pelo título. Mas fui pega com uma grata surpresa. O livro é inteligente, interessante  e acabei aprendo algumas coisas.

Românticos incuráveis: Quando o amor é uma armadilha Frank Tallis

Desejar, amar, se apaixonar, perder um amor... todo mundo conhece alguma loucura de amor, mas a experiência do amor obsessivo, apesar de comum, não é banal. Neste livro, Frank Tallis apresenta histórias extraordinárias de pessoas que ultrapassaram o real e criaram fantasias, romances e compromissos, onde não existia absolutamente nada, ou muito pouco. São histórias que falam sobre todos nós. Qualquer um que já se apaixonou terá experimentado os sintomas de uma loucura psiquiátrica completa: a desinibição, o pensamento mágico, a tendência ao toc de checar suas mensagens (ou as mensagens do seu parceiro) a cada cinco segundos... Segundo as pesquisas científicas mais recentes acerca dos mecanismos atrelados ao apego emocional, muitas pessoas sob o estado do “amor” dissolvem a divisão entre o que costumamos julgar ser normal e anormal. Da mulher que se apaixonou perdidamente pelo seu dentista e o perseguiu até que ele precisou mudar de país; ao rico empresário, casado há mais de 30 anos, que gastou toda sua fortuna com mais de 3 mil prostitutas; à linda garota com um ciúme tão doentio que afastou todos os homens da sua vida; e muitos outros casos que nos mostram que ninguém está imune à loucura do amor.
Edição: 0
Editora: Faro Editorial
ISBN: 9788595810907
Ano: 2019
Páginas: 240
Românticos Incuráveis é um livro interessante, a capa já nos apresenta um homem e uma mulher deitados, uma capa escura sem grandes detalhes. A diagramação caminha para o mesmo, simples. Temos um sumário nos apresentando os textos.

Mas o que chama atenção no livro são suas histórias – reais, nada de ficção. O autor, Frank Tallis apenas mascarou a identidade das pessoas, na qual são seus pacientes. O autor é psicoterapeuta, ele explica que desde muito novo sempre foi curioso com o sentimento humano, o que se passada na cabeça das pessoas – gostava de assistir séries e filmes de suspense para saber o motivo de algumas pessoas fazerem o que faz.


Aos poucos ele deixou isso de lado e o que chamou sua atenção é  que as pessoas fazem por amor – porque fazem o que fazem.
Durante a vida profissional de Frank, inúmeras pessoas o procuram por causa de problemas e confusões em relacionamentos, o romance ele é considerado um sistema de crença importante. Mas até que ponto é romance? E como acontece?
O livro ele relatam muito além de romances bonitinhos, mas causam da psique – obsessão, ciúmes, medo, indiferença, delírio e por ai vai.

O que achei interessante é como nossa mente brinca com a gente e como nós acreditamos em algumas coisas. Entre todos os relatos que o livro apresenta, o jovem possuído por um demônio, certamente foi um dos mais curiosos que li. A pessoa acreditar que algo a possui desperta nossa curiosidade para saber como isso começou e onde vai parar.

Enquanto lia, não saía da minha cabeça as pessoas que já mataram seus companheiros, por ciúmes, obsessão, fora do limite. Os feminicidios sérios que ocorrem por ai, mulheres agredidas, mortas, com feridas na pele e na alma- até loucura de muitas mulheres que fazem besteiras por obsessão e por ai vai. Não é só homem, mas mulheres também. Tem nossa sociedade está doente e muitas pessoas ainda acham que procurar um terapeuta é coisa de gente fraca. Fazer terapia e procurar se conhecer melhor e evitar inúmeros problemas é sinal de madurecimento.

Românticos Incuráveis não mostra o lado bonito do amor, mostra o lado feio, o lado perturbado que precisa de ajuda. E como nós, seres humanos somos sensíveis a muitas coisas.
Recomendo o livro para todos aqueles que são curiosos como eu e gostam de saber mais sobre a mente humana.
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Helana O'hara


Sobre o Autor"Sou tímida, quem diria, e me sinto desconfortável no meio de muita gente. Não sei ter relações meramente sociais: fico amiga ou não fico nada, o tititi mundano está acima de minhas capacidades. Adoro estar nos lugares, olho tudo, sou curiosa, gosto de ouvir o que as pessoas dizem, mas, quando elas são muitas, eu preferia ser uma mosca.” {Danuza Leão} Petites Artesanato em FeltroMídia Kit

6 comentários :

  1. Olá, tudo bem? Não conhecia esse livro ainda, mas fiquei bem curiosa para ler, principalmente por saber que se tratam de histórias reais; deve ser uma obra chocante. Adorei a resenha e dica!

    Beijos,
    Duas Livreiras

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  2. Oi, Helana.
    Se eu não tivesse lido a sua resenha, iria achar que esse era um romance totalmente ficcional. Fui completamente enganada pelo título e pela capa! Rs... Confesso que não sou fã de histórias reais porque elas costumam me afetar mais do que o normal, mas mesmo assim fiquei curiosa para conhecer um pouco sobre esse livro. Parece tratar de um tema super importante, de uma forma bem inteligente mesmo!
    beijos
    Camis - blog Leitora Compulsiva

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  3. Olá, tudo bem? Nossa a leitura parece ser super interessante. Acho que nunca pensei por esse lado do amor, porém todo lado bom tem o lado ruim também. Fiquei curiosa por saber que eram histórias reais! Dica mais que anotada e ótima resenha!
    Beijos

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  4. OI Helana!
    Fiquei com medo depois de ler sua resenha kkk, mas falando sério acho que algumas pessoas tem que fazer algum tipo de tratamento quando se torna amor doentio e compulsivo, as vezes nem notam que estão passando dos limites . Achei interessante o livro e fiquei curiosa sobre as histórias relatadas, parabéns pela resenha, pena que os finais não são sempre felizes, obrigado pela dica. Bjs!

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  5. Olá, tudo bem? Eu li esse livro e fiquei impactada pelas histórias, gente a do dentista é mega perturbadora! Deus me free encontrar gente assim na vida.
    Bela resenha ♥

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  6. Olá,

    Viver em sociedade é perigosa, porque nasceu uma sociedade que tem o objetivo de dar mais segurança para a existência de nossa espécie, mas a convivência diária nos deu um poder bélico maior que uma arma de fogo: a manipulação. Nossas mentes são vulneráveis aos estímulos externos e quando vemos temos sentimentos e pensamentos ruins alimentando nossos comportamentos e nos tornando primatas novamente.

    Beijos

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