Novidades Literárias: Encontros e Desencontros.

10 março 2020


Oi pessoal tudo bem?
Hoje trouxe para vocês dois livros que me chamaram muito atenção.
Recebi os lançamentos via e-mail e achei interessante trazê-los para vocês.

Ensaio Sobre a Crise da Felicidade.

Quantas vezes você já adiou a felicidade para uma próxima etapa da vida? Esta sempre foi uma questão importante para o ser humano e é ainda mais agora, pois a sociedade nunca teve seus valores, culturas, tempos e espaços transformados tão rapidamente. Na obra Ensaio Sobre a Crise da Felicidade, publicada pela Editora Albatroz, o escritor carioca Antoine Abed utiliza-se da boa e velha filosofia, que tanto elevou o conhecimento humano ao longo da história, para ajudar o leitor a encontrar respostas.
“A modernidade líquida é marcada por transformações amplas, como a fragmentação do indivíduo (antes, as identidades eram um tanto quanto homogêneas, agora, passam a possuir uma heterogeneidade enorme), enfraquecimento das instituições representativas (o partido ou o sindicato já não possui tanta influência nas decisões sociais) e o conjunto amplo de desregulamentação política, econômica e social.” (pág. 24)

Neste novo mundo fragmentado, o consumo é utilizado como forma de felicidade e inclusão. Além disso, a frustração com o trabalho é comum, pois a maioria das pessoas não vê sentido no que faz e isso impacta todas as áreas da vida. Para encontrar um propósito, o caminho pode estar nas perguntas dos antigos filósofos: “Qual minha razão de ser?”, “Por qual motivo levanto todas as manhãs da minha cama?” ou, ainda, “Se não precisasse de dinheiro, como viveria?”.
Em sua obra Ensaio Sobre a Crise da Felicidade, Antoine faz ainda uma deliciosa provocação sobre a utilidade da felicidade. Ele explica que quando algo é “útil” sempre é uma ferramenta para obtenção de outra coisa. Dessa forma, coisas boas nem sempre precisam ser úteis.

Marte morreu porque os marcianos quiseram

A história começa quando jovem, Ricardo é expulso de casa pelo pai opressor e inicia sua jornada. Entre tropeços e acertos, o enredo mostra as dificuldades, as alegrias e as experiências as quais o advogado é submetido, envolto a uma trama repleta de personagens caricatas de índole discutível.
“Brasília. Em uma segunda-feira chuvosa, embarquei rumo ao centro do poder com o dr. Cabreiro a tiracolo, cujo ar pesado demonstrava que as revelações da vida pessoal e do comportamento compulsivo tinham sido demasiadamente íntimas para o estagiário que ele mal conhecia, mas era obrigado a suportar por encargo profissional. (Marte morreu porque os marcianos quiseram, p. 58)
A obra é uma pequena amostra de como a vida, que é uma dádiva, vai enfraquecendo a chama, justamente porque muitos não se dão conta que o cotidiano é mola mestre para o acaso. E que mergulhar de cabeça no mundo material, sem refletir que, em um dado momento, é preciso puxar o freio de mão para evitar a própria aniquilação, pode desaguar em angústia existencial.
Mesmo diante da falta de escrúpulos e de toda a miséria revelada, Ricardo Santos encontra também pessoas altruístas, que são luz no caminho enquanto perambula pelos meandros da vida. Altos e baixos que levam o herói ao encontro de contas consigo mesmo e, o leitor, a recuperar o fôlego após refletir – e rir – sobre os assuntos mais densos da sombra humana.

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Helana O'hara


Sobre o Autor"Sou tímida, quem diria, e me sinto desconfortável no meio de muita gente. Não sei ter relações meramente sociais: fico amiga ou não fico nada, o tititi mundano está acima de minhas capacidades. Adoro estar nos lugares, olho tudo, sou curiosa, gosto de ouvir o que as pessoas dizem, mas, quando elas são muitas, eu preferia ser uma mosca.” {Danuza Leão} Petites Artesanato em FeltroMídia Kit

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