Resenha: Invisível, Tarryn Fisher

Hellou pessú tudo bem?
Hoje temos resenha, sim senhor. Sim senhora!
Tarryn Fisher nos trouxe um livro maluco, desses que você lê, RESPIRA FUNDO para continuar a leitura assim de boa.
Foi o primeiro livro que li dela, na qual fiquei bem chocada com alguns acontecimentos. F*ck Love foi um livro insuperável, principalmente por ter lido num momento que precisava. Agora Invisível, Tarryn conseguiu me surpreender muito bom!

Invisível Tarryn Fisher

Margô mora em uma casa caindo aos pedaços, num bairro abandonado, com sua mãe que a ignora há dois anos. Ela se sente invisível, até que a amizade com Judah, seu vizinho cadeirante, muda suas perspectivas e a desperta. Quando uma criança de sete anos desaparece em seu bairro, Margô resolve investigar o caso com a ajuda de Judah e o que ela descobre a transforma por completo.
Agora, determinada a encontrar o mal, caçar todos os molestadores de crianças, torna-se a razão de sua vida. Com o risco de perder tudo, inclusive sua própria alma, Margô embarca num caminho sem volta... E o que isso diz a ela sobre si mesma? Por que decidiu fazer justiça? O que a tornou tão invisível?
ISBN-13: 9788595811003
ISBN-10: 8595811008
Ano: 2020 / Páginas: 256
Idioma: português
Editora: Faro Editorial

Invisível já nos trás uma capa sombria. Nela temos uma imagem de cabeça feminina e que acaba virando uma espécie de floresta negra. Acredito que a própria capa já nos trás um mistério envolvente.
O livro com cerca de 250 páginas e 51 capítulos o livro nos apresenta uma história fria, bruta e de dura realidade.

Invisível nos apresenta Margô uma menina que sempre foi mal-tratada pela mãe, desde pequena não tinha se quer dialogo com ela, apenas falava com Margô se fosse para mandar em alguma coisa. A mãe fazia programas em casa, fazia a menina se trancar num quarto e ela ela escutava os barulhos, sabia que enquanto o homem estava na casa não poderia sair.
Sempre se sentiu feia, sempre achou que não seria nada e tão pouco interessante, vivendo em uma casa velha num bairro violento, quando completa 18 anos, Margô conhece Judah – o sopro de vida que ela precisa, um menino cheio de sonhos alegres, inteligente e ali ela tem o apoio que precisa para sair daquele mundo cruel em que vive.
As coisas começam a mudar dentro de Margô quando uma menininha linda chamada Nevaeh desaparece e meses depois é encontrada morta carbonizada. Uma revolta cresce nela, Margô sente que as coisas precisam mudar e aos poucos coisas pessoais começam acontecer – quando ela descobre quem é seu pai e uma tragédia intensa perturba sua casa, ela embarca num caminho sem volta.

É o terceiro livro que leio de Tarryn e mais um que me surpreendeu. Tarryn tem um tato gigante para escrever e sempre tem algo dentro da autora que desencadeia alguma história – seja algo que ela viu, seja algo que aconteceu com ela.
O livro é narrado em primeira pessoa por Margô, temos uma personagem sincera, perdida em seus pensamentos e intensa, Tarryn construiu ela tão bem que a jovem conseguiu levar sozinha a história nas costas sem problemas.

Invisível é um livro que nos faz refletir sobre abandono de menor, sobre falta de afeto, sobre abuso infantil, violência.
E o mais importante: tudo que está a nossa volta nos afeta de alguma forma, é sistemático, e quando isso não é bom, o resultado também poderá não ser.
Margô uma personagem que por mais que tenha sofrido horrores em sua vida, a bondade que ela tem no coração e a vontade de fazer o  certo é grande, ela viu muita coisa errada em sua vida e não quer fazer igual.
Porém muitas vezes não temos como escapar disso.
Quando você for ler Invisível tente se lembrar da discussão de “vitima da sociedade.” Pois é.
Invisível é um livro inteligente que nos mostra o lado feio de viver em um ler abusivo de forma nua e crua.
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Helana O'hara

"Sou tímida, quem diria, e me sinto desconfortável no meio de muita gente. Não sei ter relações meramente sociais: fico amiga ou não fico nada, o tititi mundano está acima de minhas capacidades. Adoro estar nos lugares, olho tudo, sou curiosa, gosto de ouvir o que as pessoas dizem, mas, quando elas são muitas, eu preferia ser uma mosca.” {Danuza Leão} Petites Artesanato em Feltro – Mídia Kit