A Arte Não Europeia

02 junho 2020


Oi pessoal tudo bem?
Nada mais justo do que falar de arte não europeia num momento que falamos de racismo. Me deparei com um e-mail de novidades literárias e esse livro tão espetacular estava lá. Gostei tanto do assunto que precisei trazer para vocês.
Arte não europeia lança nova luz sobre a história da arte a partir do Brasil, e oferece uma contribuição inédita ao público de língua portuguesa. A publicação é uma parceria da Estação Liberdade, Vasto, Instituto Getty e Unicamp.

Ao trazer a primeira coletânea de textos dedicados a temas de história da arte não europeia para o público brasileiro, este livro apresenta um fascinante universo de pesquisas que buscam ir além das narrativas tradicionais da disciplina e tratam seus objetos de estudo como parte de uma complexa rede de interações espaçotemporais.

Os ensaios presentes na obra estão agrupados em três capítulos: o primeiro capítulo engloba a arte pré-colombiana e ameríndia, abre com um artigo de Amy Buono no qual são discutidas três categorias de objetos típicos do período colonial no Brasil, seguido do texto de Adam Sellen sobre a história das falsificações de objetos pré-colombianos no México. O artigo de Byron Hamann trata novamente de questões vinculadas ao contexto da arte pré-colombiana no México, porém centrando-se no momento inicial do encontro entre espanhóis e astecas. Daniel Grecco Pacheco traça a biografia de uma das esculturas mais célebres do mundo mesoamericano, ochacmool. Fernando Pesce apresenta brevemente as principais questões teórico-metodológicas que circunscrevem o campo da história da arte pré-colombiana hoje, e, por último, Virginia Borges oferece uma reflexão sobre os caminhos de legitimação de objetos gerados fora do circuito das artes.

Os três textos que compõem o Capítulo 2 são dedicados à arte japonesa. Em seu artigo sobre o artista Tawaraya Sōtatsu, Yukio Lippit discute o gênero de pintura aquosa (tarashikomi), reconhecido no Ocidente como uma das marcas da pintura japonesa. O texto de Melissa McCormick, por sua vez, analisa uma série de reproduções de cenas realizadas a partir de O romance de Genji — escrito no século XI por uma mulher —, vinculando-as a artistas mulheres. Por último, o artigo de Juliana Maués trata da longa relação entre tatuagem e gravura no contexto da arte japonesa ligada ao mundo do teatro kabuki.

Por fim, o Capítulo 3 é dedicado à história da arte africana e afro-brasileira. O primeiro texto, de autoria de Cécile Fromont, retoma a questão do contato entre África e América, analisando os festivais do Rei do Congo, praticados no período colonial no Brasil; na sequência Zoë Strother usa o exemplo significativo dos pende, habitantes da República Democrática do Congo, que deixam suas estátuas nkishikishi caírem ao chão e apodrecerem; Roberto Conduru discute as mudanças nas estratégias de significação do elemento afro nas artes do Brasil entre os anos 1960 e 1970; Juliana R. da Silva Bevilacqua analisa a história e o perfil das coleções brasileiras; já Sandra Salles problematiza o conceito de “modernidade” para o campo da história da arte africana e Sabrina Moura oferece uma reflexão sobre a emergência do conceito de diáspora africana na cena da arte contemporânea.

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Helana O'hara


Sobre o Autor"Sou tímida, quem diria, e me sinto desconfortável no meio de muita gente. Não sei ter relações meramente sociais: fico amiga ou não fico nada, o tititi mundano está acima de minhas capacidades. Adoro estar nos lugares, olho tudo, sou curiosa, gosto de ouvir o que as pessoas dizem, mas, quando elas são muitas, eu preferia ser uma mosca.” {Danuza Leão} Petites Artesanato em FeltroMídia Kit

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