Marina Landert
Até o Último Homem (2016)
Ficha técnica
Diretor: Mel Gibson
Elenco: Andrew Garfield, Vince Vaughn, Teresa Palmer, Sam Worthington.
Sinopse: Até o Último Homem conta a história de Desmond Doss, um pacifista que resolve se alistar ao Exército americano para combate na Segunda Guerra Mundial, sem encostar em armas.
Olá pessoal, tudo bem?
Continuamos aqui no Cinema & Café com o especial de filmes indicados ao Oscar deste ano (a cerimônia premiou Moonlight como melhor filme). No post de hoje vou falar sobre talvez um dos filmes que menos me chamava a atenção, mas que com certeza foi uma das maiores surpresas, Até o Último Homem (2016).
Até o Último Homem é um drama biográfico que conta a história de Desmond T. Doss, que tem a religião como um papel muito importante em sua vida. Desmond tem como sonho tornar-se médico e com a eclosão da Segunda Guerra Mundial seu desejo de ajudar torna-se mais forte. No entanto, por causa de sua crenças o jovem que quer participar da Guerra como médico se recusa a encostar em armas, o que o torna alvo de críticas dentro do próprio exército.Com uma história pouco usual, o filme já encontra uma pequena rejeição antes mesmo do início, e que por vezes pode ter até atrapalhado as pretensões do filme, uma vez que o diretor é Mel Gibson, que nos últimos anos se envolveu em diversas polêmicas e entrou um pouco no ostracismo, e assim seu nome atualmente não é visto com muito bons olhos. Polêmico ou não, o fato que é inegável é seu talento para a direção, e isso é muito notável em Até o Último Homem. Como já comentei em outro post, filmes sobre guerra não me agradam muito, e é um gênero que dificilmente procuro. No entanto, a diferente trama e o elenco me chamaram a atenção.
No início, somos apresentados a um Desmond Doss na infância em uma briga com seu irmão, quando sem intenção Desmond quase o matou. Esse fato adquire extrema importância para sua vida, pois é a partir daí que ele se dedica a religião e a não fazer mal a outras pessoas. Assim, Desmond já adulto tem pretensões de virar médico e ajudar as pessoas. No entanto, com o desenrolar da Segunda Guerra Mundial apesar de sua promessa de não ferir o próximo Desmond está decidido a se alistar.
Ao contrário de sua expectativa, Desmond encontra muita resistência à suas crenças no exército, virando alvo de perseguição de seus colegas e criticado por seus superiores, o Sargento Howell (Vince Vaughn) e o Capitão Jack Glover (Sam Worthington), que frequentemente o instigam a abandonar o exército. No entanto, Desmond não desiste e através de muita luta consegue ir à guerra onde desempenha um papel importante na Batalha de Okinawa, no Japão salvando muitas vidas.
Até o Último Homem tem uma contradição em sua própria trama, e que de certa forma é abordada no filme que é a de uma pessoa religiosa que não acredita na violência, em fazer mal ao próximo e vai à guerra, em combate a um inimigo, aqui o japonês perverso, e torna-se herói em meio à violência. As cenas da guerra de fato são o ponto alto do filme, muito bem encenadas, que exagera sim em algumas partes, mas onde tudo parece se encaixar e tem seu papel.
O elenco é um dos pontos altos do filme. Andrew Garfield como Desmond Doss convence muito bem, e está muito diferente do que tudo que já o vimos interpretar. Aqui temos um Desmond que por vezes parece desprendido da realidade para conseguir alcançar seus objetivos, mas que funciona muito bem. O núcleo formado por seus companheiros de exército que conta com nomes como Vince Vaughn e Sam Worthington complementam muito bem a obra, antagonizando por vezes o personagem até o momento que conseguem compreender o sentido buscado por Desmond.
Por ser um filme de guerra tem sim como mencionei esses momentos de talvez uma certa contradição sobre o vilão ou o herói, o certo ou errado, mas acredito que acima de tudo o filme consegue contar com muita propriedade uma bonita história de alguém que sim pelo tanto de vidas que salvou em uma guerra, e conseguindo cumprir com seu objetivo de não encostar em nenhuma arma foi um herói para essas pessoas. Com uma belíssima história, um bom elenco e uma bonita mensagem, Até o Último Homem é um ótimo filme que surpreendeu nessa temporada de filmes do Oscar. Muito recomendado!
Bom filme e até a próxima! Trailer:
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Marina Landert
Marina Landert, ou Mari, como preferir. Jornalista viciada em uma boa história e que não vive sem um bom livro na bolsa. Apaixonada por filmes, séries, música e por viajar. - See more at: http://intheskyblog.blogspot.com.br/p/sobre. |
Olá, Marina.
ResponderExcluirFiquei tão feliz de Moonlight ter ganhado o Oscar de melhor filme, achei que mereceu.
Não fiquei sabendo desse filme, Até o Último Homem, é a primeira vez que vejo falar sobre ele.
Essa postagem me deu uma boa noção do que encontrar no filme. Também não é gênero que mais procuro, mas quando o faço, sempre sou surpreendida.
Abraços.
Oi Mari!
ResponderExcluirAmo filmes com a temática de guerra e tudo sobre esse universo! são os meus preferidos...
Infelizmente não consegui assistir esse filme no cinema e aqui na minha cidade já saiu, agora com a sua resenha fiquei ainda mais curiosa! Adorei!
Beijos
Jess
www.pintandoaseltras.com.br
Olá, eu ainda não conhecia esse filme, mas após ler o seu post e achar curiosa a atuação de um soldado sem armas na guerra, fui conferir o trailer e só com ele já fiquei tocada pela história. Certamente assistirei quando puder.
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirComo não acompanhei o Oscar desse ano, então mal o conhecia. O único filme que assisti dirigido pelo Mel foi a Paixão de Cristo, e mal vi todo, de tão forte que é. Agora que você o citou, mal me lembrava dele... Sobre o filme em si, adoro a temática da guerra, sempre rende boas histórias. Vou incluir esse na lista e esperar pra ver na Netflix.
Oi, Marina!
ResponderExcluirMenina, valeu demais essa indicação hoje! Principalmente porque eu já tinha visto o trailer desse filme ainda no ano passado, mas até então tinha conhecido-o apenas no nome em Inglês, que depois vim a esquecer e não lembrava mais do título para procurá-lo, e agora, enfim, descobri com sua resenha, haha <3 Valeu mesmo! Bom saber que, ainda que as expectativas tenham sido baixas, o filme conseguiu te surpreender; particularmente gostei dessa abordagem sobre ir à guerra mas não contribuir com ela totalmente, sem encostar em arma alguma e se segurar apenas na fé. Ainda que eu não curta esses filmes de guerra e tal, é uma premissa interessante que, se eu não vier a assistir, mas vou indicar aos meus pais que gostam muito de ver filmes também. ^_^
Beijos!
♥ Sâmmy ♥
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Oi, assim como você disse, também um filme que tenha gerras e tal não seria um filme que veria por livre e espontanea vontade. Apesar do filme ter ido ao Oscar, ainda não senti a necessidade de ver o filme. Concordo contigo quando fala da contradição, mas acho que isso tem a ver com a construção do personagem.
ResponderExcluirwww.porredelivros.com
Estou ainda mais curiosa pra ver esse filme depois do seu post, parece ser muito bom r interessante.
ResponderExcluirAbraço
Oi Marina, tudo bem?
ResponderExcluirDe fato o talento do Mel Gibson como diretor é inegável, mesmo com todas as polemicas. A princípio o enredo não me despertou o interesse, porém a medida que lia a sua resenha ia aos poucos mudando de opinião e me questionando como a ideia da contradição aplicada ao enredo do filme é interessante, ser um pacifista na guerra, a missão parece ser bem difícil e as cenas bem fortes. Com certeza irei assistir, dica anotada!
Beijos