Cinema&Café: Até o Último Homem

23 março 2017

cinema e café
Marina Landert

Até o Último Homem (2016)

Ficha técnica
Diretor: Mel Gibson
Elenco: Andrew Garfield, Vince Vaughn, Teresa Palmer, Sam Worthington.
Sinopse: Até o Último Homem conta a história de Desmond Doss, um pacifista que resolve se alistar ao Exército americano para combate na Segunda Guerra Mundial, sem encostar em armas.
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Olá pessoal, tudo bem?
Continuamos aqui no Cinema & Café com o especial de filmes indicados ao Oscar deste ano (a cerimônia premiou Moonlight como melhor filme). No post de hoje vou falar sobre talvez um dos filmes que menos me chamava a atenção, mas que com certeza foi uma das maiores surpresas, Até o Último Homem (2016).
Até o Último Homem é um drama biográfico que conta a história de Desmond T. Doss, que tem a religião como um papel muito importante em sua vida. Desmond tem como sonho tornar-se médico e com a eclosão da Segunda Guerra Mundial seu desejo de ajudar torna-se mais forte. No entanto, por causa de sua crenças o jovem que quer participar da Guerra como médico se recusa a encostar em armas, o que o torna alvo de críticas dentro do próprio exército.
Com uma história pouco usual, o filme já encontra uma pequena rejeição antes mesmo do início, e que por vezes pode ter até atrapalhado as pretensões do filme, uma vez que o diretor é Mel Gibson, que nos últimos anos se envolveu em diversas polêmicas e entrou um pouco no ostracismo, e assim seu nome atualmente não é visto com muito bons olhos. Polêmico ou não, o fato que é inegável é seu talento para a direção, e isso é muito notável em Até o Último Homem. Como já comentei em outro post, filmes sobre guerra não me agradam muito, e é um gênero que dificilmente procuro. No entanto, a diferente trama e o elenco me chamaram a atenção.


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No início, somos apresentados a um Desmond Doss na infância em uma briga com seu irmão, quando sem intenção Desmond quase o matou. Esse fato adquire extrema importância para sua vida, pois é a partir daí que ele se dedica a religião e a não fazer mal a outras pessoas. Assim, Desmond já adulto tem pretensões de virar médico e ajudar as pessoas. No entanto, com o desenrolar da Segunda Guerra Mundial apesar de sua promessa de não ferir o próximo Desmond está decidido a se alistar.

Ao contrário de sua expectativa, Desmond encontra muita resistência à suas crenças no exército, virando alvo de perseguição de seus colegas e criticado por seus superiores, o Sargento Howell (Vince Vaughn) e o Capitão Jack Glover (Sam Worthington), que frequentemente o instigam a abandonar o exército. No entanto, Desmond não desiste e através de muita luta consegue ir à guerra onde desempenha um papel importante na Batalha de Okinawa, no Japão salvando muitas vidas.

Até o Último Homem tem uma contradição em sua própria trama, e que de certa forma é abordada no filme que é a de uma pessoa religiosa que não acredita na violência, em fazer mal ao próximo e vai à guerra, em combate a um inimigo, aqui o japonês perverso, e torna-se herói em meio à violência. As cenas da guerra de fato são o ponto alto do filme, muito bem encenadas, que exagera sim em algumas partes, mas onde tudo parece se encaixar e tem seu papel.

O elenco é um dos pontos altos do filme. Andrew Garfield como Desmond Doss convence muito bem, e está muito diferente do que tudo que já o vimos interpretar. Aqui temos um Desmond que por vezes parece desprendido da realidade para conseguir alcançar seus objetivos, mas que funciona muito bem. O núcleo formado por seus companheiros de exército que conta com nomes como Vince Vaughn e Sam Worthington complementam muito bem a obra, antagonizando por vezes o personagem até o momento que conseguem compreender o sentido buscado por Desmond.
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Por ser um filme de guerra tem sim como mencionei esses momentos de talvez uma certa contradição sobre o vilão ou o herói, o certo ou errado, mas acredito que acima de tudo o filme consegue contar com muita propriedade uma bonita história de alguém que sim pelo tanto de vidas que salvou em uma guerra, e conseguindo cumprir com seu objetivo de não encostar em nenhuma arma foi um herói para essas pessoas. Com uma belíssima história, um bom elenco e uma bonita mensagem, Até o Último Homem é um ótimo filme que surpreendeu nessa temporada de filmes do Oscar. Muito recomendado!
Bom filme e até a próxima! Trailer:
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Marina Landert
Sobre o Autor Marina Landert, ou Mari, como preferir. Jornalista viciada em uma boa história e que não vive sem um bom livro na bolsa. Apaixonada por filmes, séries, música e por viajar. - See more at: http://intheskyblog.blogspot.com.br/p/sobre.

8 comentários :

  1. Olá, Marina.
    Fiquei tão feliz de Moonlight ter ganhado o Oscar de melhor filme, achei que mereceu.
    Não fiquei sabendo desse filme, Até o Último Homem, é a primeira vez que vejo falar sobre ele.
    Essa postagem me deu uma boa noção do que encontrar no filme. Também não é gênero que mais procuro, mas quando o faço, sempre sou surpreendida.
    Abraços.

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  2. Oi Mari!

    Amo filmes com a temática de guerra e tudo sobre esse universo! são os meus preferidos...

    Infelizmente não consegui assistir esse filme no cinema e aqui na minha cidade já saiu, agora com a sua resenha fiquei ainda mais curiosa! Adorei!

    Beijos
    Jess
    www.pintandoaseltras.com.br

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  3. Olá, eu ainda não conhecia esse filme, mas após ler o seu post e achar curiosa a atuação de um soldado sem armas na guerra, fui conferir o trailer e só com ele já fiquei tocada pela história. Certamente assistirei quando puder.

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  4. Olá!

    Como não acompanhei o Oscar desse ano, então mal o conhecia. O único filme que assisti dirigido pelo Mel foi a Paixão de Cristo, e mal vi todo, de tão forte que é. Agora que você o citou, mal me lembrava dele... Sobre o filme em si, adoro a temática da guerra, sempre rende boas histórias. Vou incluir esse na lista e esperar pra ver na Netflix.

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  5. Oi, Marina!
    Menina, valeu demais essa indicação hoje! Principalmente porque eu já tinha visto o trailer desse filme ainda no ano passado, mas até então tinha conhecido-o apenas no nome em Inglês, que depois vim a esquecer e não lembrava mais do título para procurá-lo, e agora, enfim, descobri com sua resenha, haha <3 Valeu mesmo! Bom saber que, ainda que as expectativas tenham sido baixas, o filme conseguiu te surpreender; particularmente gostei dessa abordagem sobre ir à guerra mas não contribuir com ela totalmente, sem encostar em arma alguma e se segurar apenas na fé. Ainda que eu não curta esses filmes de guerra e tal, é uma premissa interessante que, se eu não vier a assistir, mas vou indicar aos meus pais que gostam muito de ver filmes também. ^_^
    Beijos!

    ♥ Sâmmy ♥
    ♥ SammySacional.blogspot.com.br ♥
    ♥ DandoUmadeEscritora.blogspot.com.br ♥

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  6. Oi, assim como você disse, também um filme que tenha gerras e tal não seria um filme que veria por livre e espontanea vontade. Apesar do filme ter ido ao Oscar, ainda não senti a necessidade de ver o filme. Concordo contigo quando fala da contradição, mas acho que isso tem a ver com a construção do personagem.

    www.porredelivros.com

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  7. Estou ainda mais curiosa pra ver esse filme depois do seu post, parece ser muito bom r interessante.
    Abraço

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  8. Oi Marina, tudo bem?
    De fato o talento do Mel Gibson como diretor é inegável, mesmo com todas as polemicas. A princípio o enredo não me despertou o interesse, porém a medida que lia a sua resenha ia aos poucos mudando de opinião e me questionando como a ideia da contradição aplicada ao enredo do filme é interessante, ser um pacifista na guerra, a missão parece ser bem difícil e as cenas bem fortes. Com certeza irei assistir, dica anotada!
    Beijos

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