Cinema&Café: Moonlight

20 abril 2017

cinema e café
Marina Landert
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Moonlight (2016)

Diretor: Barry Jenkins
Elenco: Trevante Rhodes, Andre Holland, Janelle Monae, Ashton Sanders, Jhareel Jerome, Mahershala Ali.
Sinopse: Moonlight conta a história de Little/Chiron/Black e passa pelas diferentes fases de sua vida retratando sua busca por autoconhecimento e aceitação.
Olá pessoal, tudo bem?
Hoje trago o último post do especial sobre o Oscar (sim, eu sei que ficaram faltando alguns dos indicados, mas como são muitos preferi trazer os destaques), e para encerrar nada melhor que justamente o vencedor (que até foi anunciado erroneamente) Moonlight (2016).
Moonlight trata-se de uma espécie de crônica do personagem Little/Chiron/Black, acompanhando sua infância, adolescência e fase adulta e sua busca por autoconhecimento vivendo nos subúrbios de Miami.
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O filme inicia mostrando a difícil realidade de um subúrbio de Miami, com violência e onde a busca pela sobrevivência se sobressai. Nesse contexto é apresentado o personagem Chiron, nessa fase chamado de Little (Alex Hibbert) que sofre muito com o bullying na escola, e em busca por esconderijo acaba conhecendo Juan (Mahershala Ali), um traficante cubano que oferece abrigo a Little e imediatamente se torna uma figura paterna e o mentor do garoto, este que não tem essa figura em sua vida já que vive com a mãe, esta ausente devido a seu trabalho e o vício em drogas. E é a partir desse contato que Little começa a aprender e entender um pouco mais sobre a busca pelo autoconhecimento e por traçar seu destino. Desde esse início é percebido a batalha que o personagem vai sofrer por ser gay, ainda que nessa fase não saiba o significado da palavra.

Em seguida, nos é apresentado o personagem na adolescência, e aqui chamado pelo próprio nome. Um pouco mais ciente de si mesmo, Chiron ainda sofre com o bullyng, que piora cada dia mais, e agora sem a presença de Juan sua realidade vai se tornando mais difícil. No entanto, se todos os problemas até então tinham sido encarados com certa passividade, Chiron quebra isso e reage com violência, e acaba sendo preso pela primeira vez, fato que altera o rumo de sua vida.


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Já na fase adulta Chiron agora é conhecido como Black e é um traficante em Atlanta. Black recebe uma ligação de seu amigo Kevin, que de certa forma foi responsável por sua prisão na adolescência, que o convida para visitá-lo em Miami. Essa visita de certa forma é o desfecho para a reflexão dos rumos da vida de Black, principalmente por seu relacionamento com sua mãe e com seu amigo Kevin.

Durante toda essa crônica que passa pela vida de Little/Chiron/Black é possível perceber a intenção de identificar o público com o personagem, de conectar as emoções e os sentimentos. O diferencial de Moonlight é que todas essas emoções e sentimentos são demonstradas mais através de gestos, de uma fotografia marcada, com uma trilha sonora muito bem colocada, do que por grandes e emotivos diálogos. Todos esses recursos são muito bem pontuados para trazer a tristeza, uma certa melancolia e a dificuldade de aproximação entre os personagens. Também é necessário destacar como o filme coloca o ambiente e as relações como fundamentais para o desenvolvimento das escolhas e do destino do personagem, regido por um certo determinismo.
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Moonlight por seu caráter mais independente é um filme que veio correndo por fora nessa temporada de premiações e conquistando aos poucos um público fiel e muitos elogios, até se tornar um dos favoritos ao Oscar. Por conta disso, confesso que minha expectativa era muito grande ao assisti-lo. De fato Moonlight é um ótimo filme, onde a trama, atuações, trilha sonora, fotografia e gestos são muito bem colocados e que fazem o filme funcionar muito bem. Como disse anteriormente, tudo isso também contribui com um sentimento de tristeza e certa melancolia durante a obra. Particularmente, não é o tipo de filme que costumo assistir e confesso que esperava um pouco mais, diante de toda a expectativa.

Ainda assim, considero Moonlight um importante filme, que traz discussões atuais e pertinentes, que merece ser assistido e com certeza vale como reflexão!
Bom divertimento e até a próxima! Trailer:
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Marina Landert
Sobre o Autor Marina Landert, ou Mari, como preferir. Jornalista viciada em uma boa história e que não vive sem um bom livro na bolsa. Apaixonada por filmes, séries, música e por viajar. - See more at: http://intheskyblog.blogspot.com.br/p/sobre.

7 comentários :

  1. Oiii. Tudo bem?
    Eu não conheço o filme, mas você falou taaao bem dele que me deu vontade de assistir. Só fiquei um pouco confusa quando você disse que não é o tipo de filme que você costuma assistir mas criou expectativas para o filme que não foram superadas... que pena!

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  2. Oiii Marina, tudo bem?
    Que indicação incrível menina, eu realmente não conhecia e vou ver se encontro para download, gosto de filmes que nos emocionam e sei que esse parece ser incrível, dica anotada mesmo.
    Beijos

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  3. Desde o Oscar fiquei interessada nesse filme <3 Parece ser bom.

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  4. Oi Marina, não vi o filme, mas concordo que ele trás reflexões que devem ser debatidas, principalmente no atual momento que vivemos.
    Bjs

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  5. Oi Marina!
    Queria ter assistido esse filme quando estreou, mas acabou não rolando e até hoje não vi.
    A minha vontade de assistir vem justamente do tipo de história que ele traz. É forte, emocionante e bem reflexiva, com certeza irei amar!
    Não sei quando verei, espero que seja logo!
    Beijos

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  6. Foi o único filme que não consegui ver no cinema, pq só passou em uma sessão as 22h e não tinha como voltar pra casa, enfim. Adorei que vc trouxe essa resenha, pois apesar de ter ganho o Oscar, o filme ficou meio esquecido do público. Acabei de saber que ele vai entrar no catálogo da Netflix e eu vou correndo pra ver. Bjs

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  7. Oi, tudo bem?
    Ainda não vi o filme, mas pelo que parece pelas suas impressões é um filme que marca bem a realidade através da história de vida de um personagem que carrega tanta dor e sofrimento, a ausência da mãe e de ter uma figura como espelho. Esse também não é o tipo de filme que tenho o hábito de ver, mas acredito que vale muito pela reflexão, vou anotar a dica aqui.
    Beijos

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