Novidades Literárias: O Cortiço ganha edição comentada.

10 abril 2017

novidades literárias
Oi amores tudo bem?
Não e novidade que clássicos sempre ganham Edição nova, uma repaginada, tudo para atrair os leitores cada vez mais conetados. Afinal de contas, um clássico se tornou um clássico por sua boa história e popularidade.
O Cortiço é uma obra de 1890, uma das obras famosas de Aluísio Azevedo que agora trás uma Edição mais jovem e com comentários da obra, links bem espertos e notas informativas de Fátima Mesquita que traduz aquele antigo português que hoje em dia é esquecido e também pouco compreendido.
É o terceiro que a jornalista e escritora de livros infantojuvenis publica na mesma linha, depois de Iracema, de José de Alencar, e Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, ambos pela Panda Books. Como a maioria dos estudantes, Fátima sempre achou livros clássicos “mais chatos que bêbado contando sonho”. Até que resolveu reler livros que havia empurrado com a barriga na escola para ver se mudava de opinião. Encantada por essas grandes obras, resolveu ajudar os jovens leitores a mergulharem com gosto pela literatura brasileira.
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A trama de O Cortiço gira em torno de dois imigrantes portugueses: João Romão, dono do cortiço, e Jerônimo, trabalhador braçal que se emprega como gerente da pedreira que pertence ao primeiro. Com muita sensibilidade e pouca censura, Aluísio Azevedo denuncia a exploração e as péssimas condições de vida dos moradores das estalagens ou dos cortiços cariocas. Se o leitor não cismar de sofrer com a língua que é diferente do português que a gente usa hoje em dia, vai se divertir a valer com as confusões que acontecem nesse cortiço e com os personagens que retratam os diversos tipos da nossa sociedade.
Quem lê a edição da Panda Books não tem por que perder tempo tentando desvendar o significado de expressões como “não bula!”. A explicação vem de mão beijada: é apenas um jeitinho de dizer “não enche!”. Definições de verbetes e curiosidades em geral recheiam as laterais das páginas. Logo se revela que “escarradeiras” eram tigelas com um furo no meio que ficavam na sala de estar das casas do século XIX, em que as pessoas cuspiam ou escarravam (eca!). Outro costume era ordenhar o leite de vacas na rua, antes de ser consumido, já que ainda não haviam inventado a pasteurização. Palavras que caíram em desuso, mas que, na época, apareciam bastante, também tornam-se mais claras. Quando o autor situa o cortiço nos “refolhos” de Botafogo, por exemplo, ele quer dizer que está num cantinho escondido desse bairro da zona sul carioca.
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Helana O'hara
Sobre o Autor "Sou tímida, quem diria, e me sinto desconfortável no meio de muita gente. Não sei ter relações meramente sociais: fico amiga ou não fico nada, o tititi mundano está acima de minhas capacidades. Adoro estar nos lugares, olho tudo, sou curiosa, gosto de ouvir o que as pessoas dizem, mas, quando elas são muitas, eu preferia ser uma mosca.” {Danuza Leão} Petites + In The Sky + Dave Grohl + James Franco + Anna Friel + Ryan Gosling + Música + Cinema e louca por livros! {www.epetites.blogspot.com.br} {www.intheskyblog.blogspot.com.br} Bem vindo sempre!

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