Resenha: Não Basta Não Ser Racista. Sejamos Antirracistas, Robin Diangelo

27 abril 2020


Oi pessú tudo bem?
Hoje tem resenha de um livro bem esperado por vocês. Falei algumas vezes sobre o livro nos Stories e hoje tem a resenha dele.

Não basta não ser racista

Sejamos antirracistas

Robin Diangelo

É hora de todos os brancos abandonarem a ideia de superioridade e, de fato, atuarem no combate ao racismo. Negação, silêncio, raiva, medo, culpa... essas são algumas das reações mais comuns quando se diz a uma pessoa que agiu, geralmente sem intenção, de modo racista. Ser abertamente racista não é algo socialmente aceitável. Ninguém quer ser visto assim. Mas cada vez que se nega o racismo, impedimos que ele seja abordado e que nossos preconceitos sejam discutidos. As reações de negação não servem apenas para silenciar quem sofre o preconceito, também escondem um sentimento que a autora Robin Diangelo passou a chamar de fragilidade branca. Em seus estudos, Diangelo catalogou frases, palavras e sentimentos de voluntários que se veem sem qualquer preconceito e demonstrou que, no fundo, ele estava lá. Sua proposta é que todos comecem a ouvir melhor, estabeleçam conversas mais honestas e reajam a críticas com educação e tentando se colocar no lugar do outro. Não basta apenas sustentar visões liberais ou condenar os racistas nas redes sociais. A mudança começa conosco. A AUTORA: ROBIN DIANGELO é professora universitária, autora e consultora em questões de justiça racial e social há mais de vinte anos. Não basta não ser racista ― Sejamos antirracistas ocupa as primeiras posições das listas de livros mais vendidos do mundo desde seu lançamento.
Edição: 1
Editora: Faro Editorial
ISBN: 9788595811065
Ano: 2020
Páginas: 192
O livro, com pouco mais de 190 páginas, com diagramação simples, um sumário que ajuda o leitor.

Muito difícil falar de um livro que mostra que o racismo está no nosso dia-a-dia que todo branco é racista e nega, esse é um ponto que autora dá uma cutucada na ferida. O Mundo que vivemos é de uma supremacia branca, embora exista muitas pessoas brancas que lutem pelos direitos de pessoas de cor (autora várias vezes menciona negros assim “de cor”), é evidente que ser preto no Mundo é um problema e nascer de cor significa suar a camisa muito mais.



Não Basta Não Ser Racista, trás um estudo muito interessante que autora fez durante anos, mostrando o racismo nos Estados Unidos. Como as pessoas brancas lidam com isso. O que elas enxergam, o que elas não querem enxergar e principalmente o que é mascarado.

Um dos pontos da leitura que me fez refletir muito foi um momento que a autora estava numa palestra em sala uma sala e alguém disse que é um absurdo ela falar que não existe trabalho para os de cor, sendo que ela deu uma boa olhada na sala e só tinha brancos.
Tenho muitos amigos negros, já palestrei sobre isso e convidei pessoas a falarem como se sentem.

Autora fez esse estudo minucioso com pessoas que se dizem não ter preconceito, mas ele está lá escondido, camuflado dentro delas. Ela mostra que todos somos racistas, pois isso não só uma coisa isolada em palavras, ele é comportamental, são fatos, atos e até ações de grupos, de uma sociedade. Que por mais que você se diga sem preconceito, tem sim!

Temos que mudar nosso modo de enxergar as coisas. Robin Diangelo fala que seu livro foi escrito para os brancos, para mostrar a existe do problema, da existe da supremacia branca e que precisamos nos colocar no lugar do outro.
A velha e até bem usada empatia, é bem colocada no livro, Um tapa na cara que o Mundo precisa. Um tapa dolorido, reflexivo.

Para os brancos é fácil dizer que o racismo não existe, pois isso se torna confortável, claro, a pele branca favorece um monte. A gente fica horrorizados, quando um negro é morto a chutes, é preso só pela cor da pele. Mas daí quando falamos de cotas raciais? Ou um evento para comemorar o dia da consciência negra, dai achamos ruim.
São esses pontos que autora explora de uma forma primordial.
Não Basta Não Ser Racista nos trazer reflexões duras. Apesar dos dados apresentados serem americanos, eles facilmente poderiam ser do nosso País.

Quando assisto filmes ou séries mostrando brancos e negros separados, não podem andar juntos e sabe que isso ainda existe me deixa perplexa. Outro ponto que o livro toca. A igualdade entre as pessoas, será mesmo que isso existe?
Aprendi muito com esse livro. Eu espero que muitos livros que toquem nesse assunto sejam publicados e que as pessoas coloquem o dedo na consciência e percebam a gravidade do racismo no Mundo.
O livro é forte, é pesado, autora não mede as palavras e fala na lata. Para os brancos manter-se assim é confortável, mas precisamos de respeito, precisamos refletir e repensar muita coisa.
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Helana O'hara


Sobre o Autor"Sou tímida, quem diria, e me sinto desconfortável no meio de muita gente. Não sei ter relações meramente sociais: fico amiga ou não fico nada, o tititi mundano está acima de minhas capacidades. Adoro estar nos lugares, olho tudo, sou curiosa, gosto de ouvir o que as pessoas dizem, mas, quando elas são muitas, eu preferia ser uma mosca.” {Danuza Leão} Petites Artesanato em FeltroMídia Kit

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